Filho é condenado a 42 anos pela morte dos pais em São Pedro do Sul

O réu Cleiton Chaves Bayer foi condenado pelo júri popular nesta terça-feira (30), a 42 anos de prisão pela morte dos próprios pais em 2019, em São Pedro do Sul. O crime, que chocou a comunidade, aconteceu no dia de Natal na casa da família. As vítimas foram o casal Julberto Bayer, 61 anos, e Emília das Graças Chaves Bayer, 63.

Segundo a acusação, o jovem, então com 26 anos, matou os pais a facadas. Ele ainda teria usado a bengala da mãe para praticar o duplo homicídio. O julgamento de Cleiton se encerrou às 15h de terça-feira (30), no Fórum do município. A pena fixada pelo juiz Michel Arjona foi de 21 anos de prisão para cada uma das vítimas, totalizando 42 anos em regime fechado. O réu já está preso.

Na sentença, o magistrado destacou o motivo fútil para os crimes, a crueldade dos meios empregados, além de outros agravantes. A defesa de Cleiton esteve a cargo da Defensoria Pública, que pretende recorrer da pena.

Foto: Rafael Menezes (Reprodução)

Irritação

O crime aconteceu na casa da família na Rua Araci Ilha, no Bairro Santo Antônio. Segundo a investigação na época, Cleiton estava na residência assistindo TV com outras pessoas quando ficou irritado e começou a bater no aparelho. O motivação da irritação do jovem não foi informado.

A mãe tentou acalmá-lo, mas ele a agrediu com golpes de faca. Outras duas familiares que estavam no local fugiram. O pai do jovem também foi ferido com facadas e pela bengala. Segundo o promotor de Justiça Vinícius Cassol, que atuou em plenário, o filho deu 16 facadas em sua mãe e 24 no pai.

– Além das facadas, o réu desferiu golpes com uma muleta que o pai utilizava para se locomover, chegando a quebrar o objeto – completou o promotor.

Quando a Brigada Militar chegou na casa, as vítimas ainda estavam vivas, mas Emília não resistiu aos ferimentos e morreu no local. Julberto foi encaminhado ao Hospital Universitário de Santa Maria (Husm), mas não resistiu e morreu na madrugada de 26 de dezembro.

Cleiton foi preso logo após o crime, e estava em surto e sem condições de falar sobre o caso na época. Na casa, a polícia encontrou porções de maconha e cocaína. A investigação apontou que o jovem era usuário de drogas. O casal foi sepultado no Cemitério Pedra Grande, no interior de São Pedro do Sul.

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